quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
RIP MADIBA! O Mundo fica mais pobre com a tua partida...
"No meu último dia, quero saber que os que ficam para
trás vão dizer 'o homem que jaz aqui fez o seu dever pelo seu país e pelo seu
povo'"
Nelson Mandela - Proferido em 1999
Nelson
Mandela 1996
terça-feira, 24 de setembro de 2013
António Ramos Rosa RIP
António Ramos Rosa (1924-2013)
" Tudo será construído
no silêncio, pela força do silêncio, mas o pilar mais forte da construção será
uma palavra. Tão viva e densa como o silêncio e que, nascida do silêncio, ao
silêncio conduzirá."
António Ramos Rosa,
in O Aprendiz Secreto, 2001
ANTÓNIO RAMOS ROSA, in VIAGEM ATRAVÉS DUMA NEBULOSA (1960) e
ANTOLOGIA POÉTICA (Publ. D. Quixote, 2001)
[NÃO POSSO ADIAR O AMOR PARA OUTRO SÉCULO]
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
40 anos depois
Aqui publico este magnífico texto de Rui Vieira Nery. Peço desculpa ao autor por usar a sua publicação mas penso que ele deve ser divulgado pela oportunidade da sua análise:
"Faz hoje precisamente quarenta anos teve lugar o golpe de Estado militar que depôs o governo legítimo do Presidente Salvador Allende e instaurou uma das ditaduras mais brutais que a América Latina conheceu no século XX. É ocasião para evocarmos e homenagearmos os milhares de cidadãos presos torturados e assassinados ao longo do regime criminoso presidido pelo General Pinochet. Mas é também tempo para lembrar a sua outra vertente igualmente assassina: a destruição radical do Estado Social, a total desregulamentação da Economia, a supressão dos direitos sociais, a repressão aos sindicatos, o empobrecimento generalizado da população, uma concentração de riqueza nas mãos da elite a uma escala sem precedentes, o ódio à cultura e aos seus criadores - ou seja, o modelo de referência que o Neo-Liberalismo hoje tenta impor por toda a Europa. Não admira que os seus promotores actuais tenham tanta dificuldade em conviver com as garantias constitucionais democráticas e com os tribunais que as sustentam."
"Faz hoje precisamente quarenta anos teve lugar o golpe de Estado militar que depôs o governo legítimo do Presidente Salvador Allende e instaurou uma das ditaduras mais brutais que a América Latina conheceu no século XX. É ocasião para evocarmos e homenagearmos os milhares de cidadãos presos torturados e assassinados ao longo do regime criminoso presidido pelo General Pinochet. Mas é também tempo para lembrar a sua outra vertente igualmente assassina: a destruição radical do Estado Social, a total desregulamentação da Economia, a supressão dos direitos sociais, a repressão aos sindicatos, o empobrecimento generalizado da população, uma concentração de riqueza nas mãos da elite a uma escala sem precedentes, o ódio à cultura e aos seus criadores - ou seja, o modelo de referência que o Neo-Liberalismo hoje tenta impor por toda a Europa. Não admira que os seus promotores actuais tenham tanta dificuldade em conviver com as garantias constitucionais democráticas e com os tribunais que as sustentam."
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Eu e Portugal também tivemos a sorte de ter tido Urbano Tavares Rodrigues - SER de excepção!
“Lembro-me de um dia, por volta dos meus 7 ou 8 anos, ter
recebido como presente uma caixa de guaches de todas as cores.
O desenho nunca foi o
meu forte, mas julgo que nessa altura ainda não tinha tido oportunidade de
chegar a essa triste conclusão e haviam-me criado condições para montar o meu
pequeno atelier no quarto da costura da enorme casa dos meus avós.
Não sei que outras
obras de arte teria feito antes, mas quando entraste na sala, nesse dia, estava
eu a terminar o vestido radioso de uma menina que habitava uma paisagem
campestre, cheia de árvores e flores.
Era minha intenção
acrescentar inúmeras bolinhas brancas à sua saia rodada, mas mergulhara
desordenadamente o pincel na tinta e um enorme borrão tinha caído no chão do
desenho, manchando também o meu momento.
Tu aproximavas-te da
secretária.Era tão raro visitares-me enquanto brincava!
Rodei as cerdas do pincel em círculos rápidos e meticulosos, de aparente concentração.
— Que é isso — perguntaste. — Que estás a pintar?
— Uma menina — disse, sem desviar os olhos do trabalho. —
Uma menina no campo.
—Ah, muito bem — ias concluir já de saída, quando um meio
sorriso um pouco condescendente te reteve mais um pouco.
— E isto? — quiseste saber, apontando para o borrão de tinta
branca que eu não parava de aumentar.
— Isto é a lua — respondi.
— A lua no chão? — estranhaste.
— Sim, a lua no chão.
O teu rosto tornou-se
então grave. Sério. — A lua no chão — repetiste.
— Mas isso é lindíssimo! — e saíste triunfante, a folha de
papel almaço entre as mãos, declarando naquele teu tom de voz quase em
contralto que termina num murmúrio de verdadeiro êxtase:
— Isto revela um imenso sentido poético!
Dias depois o meu
«quadro» surgia emoldurado. Andou por essa casa durante anos e anos. «A tua lua
no chão» como sempre lhe chamaste.
Ainda hoje penso
muitas vezes se as coisas belas o têm de ser obrigatoriamente à partida —
enquanto ideia, elemento estético — ou se podem construir-se no material dos
erros, dos borrões, rodando as cerdas dos afectos em longos círculos de tinta
branca. Criando luas.
Julgo que sim.
Mas julgo também que,
para que tal aconteça, é necessário que alguém, alguma vez, tenha sido capaz de
olhar para o nosso trágico engano, para a nossa pinta derramada do vestido,
emoldurá-lo, dar-lhe um pedacinho de parede e murmurar nesse exagero alquímico
dos afectos «Isto é lindíssimo!»
Eu tive essa sorte.”
Urbano Tavares Rodrigues partiu. RIP
Se algum paraíso existe, cheguei lá.
...
As crises de angústia
sucedem-se num ritmo frenético.Atordoa-me a boca imensa dessa angústia, cuja baba escorre, grossa e sanguinolenta, na minha escrita.
Nada mais vou dizer.
Dói tanto!
Do livro com o mesmo
nome "A imensa boca dessa angústia", conto dedicado ao filho António
Urbano.
Urbano Tavares
Rodrigues, em 2013 - fotografia de Alfredo Cunhaquarta-feira, 7 de agosto de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
No Aniversário da Cristina ... a SAUDADE!
Hoje, estaríamos a comemorar o teu aniversário... Os deuses não o permitiram!
Hoje, eu comemoro o
imenso privilégio de ter feito parte da tua vida, de ter conhecido um SER de
excelência, a pessoa maravilhosa que foste.Acredito que, onde quer que estejas, acabou o teu sofrimento e estás, finalmente, em paz, uma paz que bem mereces!
Vives e viverás, nas
minhas memórias e no meu coração, enquanto eu por cá existir.
Até sempre minha
querida...
sexta-feira, 26 de abril de 2013
quinta-feira, 25 de abril de 2013
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