quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Pétales du coeur



Pleure : les larmes sont les pétales du coeur.
Citations de Paul Eluard

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ser


Para mim ser é admirar-me
de estar sendo.
Fernando Pessoa - Primeiro Fausto/ O Mistério do Mundo

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quase...


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Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém..."

Mário de Sá Carneiro - Extrato do Poema Quase / Paris - Maio de 1913

domingo, 21 de outubro de 2007

"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar
para poder voltar sempre inteira."

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Cecília Meireles

Barbara - La Solitude

Elle est revenue, elle est là,
La solitude, la solitude...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Grito

Hoje estou, novamente, com este estado de espírito...

(Ver vídeo neste blog)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Homenagem a Adriano Correia de Oliveira

9/4/1942 - 16/10/1982
Não tenho palavras que melhor te possam recordar, Adriano, que as deste poema - Canção com Lágrimas - que tantas vezes cantaste.

Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada.
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema.
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera em Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro.
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio.
Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...

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Canção com Lágrimas- Poema de Manuel Alegre

Trova do vento que passa

Carta a "um filho de um deus maior"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Ma Morte Vivante


Dans mon chagrin, rien n’est en mouvement
J’attends, personne ne viendra
Ni de jour, ni de nuit
Ni jamais plus de ce qui fut moi-même
Mes yeux se sont séparés de tes yeux
Ils perdent leur confiance, ils perdent leur lumière
Ma bouche s’est séparée de ta bouche
Ma bouche s’est séparée du plaisir
Et du sens de l’amour, et du sens de la vie
Mes mains se sont séparées de tes mains
Mes mains laissent tout échapper
Mes pieds se sont séparés de tes pieds
Ils n’avanceront plus, il n’y a plus de route
Ils ne connaîtront plus mon poids, ni le repos
Il m’est donné de voir ma vie finir
Avec la tienne
Ma vie en ton pouvoir
Que j’ai crue infinie
Et l’avenir mon seul espoir c’est mon tombeau
Pareil au tien, cerné d’un monde indifférent
J’étais si près de toi que j’ai froid près des autres.
.........................................................................................
Paul Éluard - Derniers Poémes d'Amour

sábado, 13 de outubro de 2007

Homenagem

Paulo Autran
07/09/1922 - 12/10/2007
O Brasil perdeu um grande actor e todos nós ficamos mais pobres quando alguém, de grande talento, parte.

Simplesmente flores


Hoje estou muito triste. Soube que uma amiga está muito doente.
Para ela vão estas simples flores e, com elas, os meus votos de muita
força e coragem para enfrentar mais este sofrimento.
Muita luz para o seu caminho.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007


«C'est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante.»
Antoine de Saint Exupéry - Le Petit Prince

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Um lugar, nada mais...


Só a inocência e a ignorância são
Felizes, mas não o sabem. São-no ou não?
Que é ser sem no saber? Ser, como a pedra,
Um lugar, nada mais.
...................................................................................
Fernando Pessoa in O Horror de Conhecer/ O Primeiro Fausto

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Gracejos de expressão...



Quando às vezes eu penso em meu futuro

Abre-se de repente (um largo) abismo

Perante o qual me cambaleia o ser.

E ponho sobre os olhos as mãos da alma

Para esconder aquilo que não vejo.

-Oh, lúgubres gracejos de expressão!

Fernando Pessoa in O Horror de Conhecer / O Primeiro Fausto

quarta-feira, 3 de outubro de 2007



"O sol doirava-te a cabeça loura.

És morta. Eu vivo. Ainda há mundo e aurora."

Fernando Pessoa- Inéditas 1919-1935